"O que eu gosto
muito num palco
é que eu estou inatingível.
é que eu estou inatingível.
Quando estou num palco
ninguém me toca.
É um momento só meu.
Um momento em que não vou ser interrompida.
Estou ali só para dar.
O que eu puder dar, eu dou.
É o momento da criação.
Da comunhão.
É muito bonita esta comunhão palco e platéia.
É o momento em que,
através de vocês,
eu me encontro com Deus."
É um momento só meu.
Um momento em que não vou ser interrompida.
Estou ali só para dar.
O que eu puder dar, eu dou.
É o momento da criação.
Da comunhão.
É muito bonita esta comunhão palco e platéia.
É o momento em que,
através de vocês,
eu me encontro com Deus."
"Minha babá era o
camarim."
"A única forma de se manter de
pé, na minha profissão, é muito trabalho e disciplina."
"Vivo para a arte e é ela que
mantém o vigor de minha alma."
Nascida
no Rio de Janeiro, em 1922, Abigail
Izquierdo Ferreira, Bibi, estreou no palco com apenas 24 dias de
vida, nos braços da madrinha, na peça Manhãs de Sol.
Como
atriz, Bibi Ferreira teve sua estreia profissional em 1941, aos 18 anos, quando
interpretou Mirandolina na peça “La Locandiera ”. Três anos depois, montou sua própria companhia teatral,
reunindo alguns dos nomes mais importantes do teatro brasileiro, como Cacilda
Becker. Sua estreia como diretora foi na peça “O Divórcio”. Atuando ou dirigindo, Bibi esteve presente em muitos
espetáculos, entre eles estão: “Brasileiro, Profissão: Esperança”, “Gota D´Água” e
“Piaf,
a vida de uma estrela da canção”.
Era o prenúncio de uma carreira cujo sucesso se mantém até hoje e honra o legado de seu pai, o grande ator Procópio Ferreira.
Aos três anos de idade, Bibi estreou como dançarina, em Santiago do
Chile, na Cia. de Revista Espanhola Velasco, onde Aída Izquierdo, sua mãe,
trabalhava como corista. A Cia. Velasco viajou a América Latina inteira e esta
vivência despertou nela o gosto pela música - dançava e cantava o flamenco,
participando dos desafios, prática comum entre as crianças da Cia.
Bibi tinha pouco mais de quatro anos quando, de volta ao Brasil, entrou
para o Corpo de Baile do Teatro Municipal do Rio de Janeiro, onde permaneceu
por muitos anos. Ali participou de diversos ballets e óperas (por exemplo:
grupo dos Soldadinhos Mirins – em Carmen, de Bizet).
Com apenas 14 anos, e já formada em piano, compôs sua primeira valsa.
Na época, a jovem pianista Wanda Lacerda (hoje conhecida atriz) tornou-se a
intérprete das composições clássicas de Bibi.
Bibi também compôs música popular, gravando, pela Odeon, um disco com
músicas e letras de sua autoria.
A carioca Bibi Ferreira exibe um currículo que é privilégio apenas dos
maiores: incontáveis sucessos, prêmios importantes e momentos extraordinários
que enriquecem a história do Teatro Brasileiro.
Em abril, Bibi
Ferreira irá celebrar seus 90 anos de idade e mais de 70 de carreira, com o
espetáculo “Bibi”, no antigo Teatro Tereza Raquel que foi reformado e agora se
chama Teatro Net Rio.
Aqui você encontra a história e agenda completa da atriz, diretora, cantora e compositora, além de vídeos, fotos e áudios com seus
concertos.
Segue abaixo um pouco da interpretação de Bibi com o "Monólogo das mãos".
Por Thaís Peixoto.
Nenhum comentário:
Postar um comentário