“Histórias de Casamento” satiriza as relações amorosas

Por Maristela Cunha
Foto: divulgação

Numa realização da Cia. de Arte Persona, a comédia “Histórias do Casamento” dá continuidade, neste final de semana (sexta a domingo), no Teatro de Bolso, ao projeto “Rir é o Melhor Remédio”. A apresentação, que acontece a partir das 20h com entrada franqueada ao público, é de iniciativa da Fundação Municipal Trianon e visa incrementar a ida dos campistas ao teatro, estimulando também a apreciação do gênero comédia, mais apreciado entre todos os brasileiros. A peça tem duração de aproximadamente 1h10 e a censura é 14 anos.

Esta é a terceira peça que consta do projeto em sua temporada 2007, iniciada em abril passado e de acordo com o seu coordenador, Ricardo Pessanha, os resultados quanto à receptividade das pessoas tem sido dos melhores. A programação, segundo ele, irá ter prosseguimento até o final do ano, envolvendo espetáculos de duração média, interagindo com os espectadores e levando muito humor, baseando-se inclusive numa pesquisa feita por críticos de que 58% da população que freqüenta teatros aprecia o gênero.

“Histórias do Casamento” trata de uma sátira das relações amorosas, das aproximações entre seres humanos, da vida sexual de um casal e a própria oficialização dos casamentos, partindo desde os tempos primórdios até a contemporaneidade. A peça, satirizando o tempo do “tacape”, quando a mulher era arrastada pelos cabelos para dentro de sua caverna, aborda ainda o convívio do casal nos dias atuais, num conjunto de histórias, num clichê da vida matrimonial e complexidade de situações, com brigas, paixões, mentiras, conflitos e as condutas até certo ponto ridículas que em muitos casos, são consideradas naturais.

Igreja e casamento – Dentre as histórias escolhidas, uma bem divertida conta sobre um casal que resolve terminar o casamento na porta da igreja, antes que tudo desse errado na vida deles. As mulheres acabam constatando a traição dos maridos, preferindo ficar confusas diante de deslavadas mentiras e outras que, desconfiadas da fidelidade do marido, acham mais fácil encarar uma notícia de traição, mesmo que seja falsa, a conviver com a possibilidade dele estar mentindo; um casal que luta para brigar e, que enlouquece os homens com suas inseguranças quanto ao vestido, à comida, ao bumbum; na oportunidade, aborda ainda a época do Adão, que não sabíamos se queria ficar com a Eva ou se levou uma “dura” do Todo Poderoso que o obrigou a oficializar a relação.