O programa Starte é um programa da Globo News que mostra um pouco mais da arte pelo Brasil. Em Maio de 2011, lançou uma série de entrevistas com grandes atrizes do cenário nacional, numa conversa sobre o lado pessoal da vida de cada uma, seus pensamentos sobre política e sobre a passagem do tempo. E, em Outubro do mesmo ano, o programa relançou a série, com personalidades masculinas.
Essa postagem é sobre a entrevista feita com o ator Juca de Oliveira, publicada no site do dia 18 de Outubro.
"Um homem político. Na arte e na vida. Um homem simples no trato cotidiano. Um grande ator. Nas telas e no palco. Um caipira no fundo do seu próprio coração", diz Bianca Ramoneda, entrevistadora do programa Starte.
"É ótimo você trabalhar. Quando você faz teatro, você tá em contato com seus colegas. O teatro é uma arte coletiva. Você não consegue fazer absolutamente nada sozinho. Você, sempre que tá no palco, ainda que sozinho, há 30, 40 pessoas que estão realizando aquele trabalho. Isso dá uma ideia de quanto devemos ser solidários. De quanto devemos ser sociais", diz Juca, quando perguntando sobre sua relação com o teatro. E ele continua: "Porque é que as pessoas vão ao teatro, sobretudo hoje? Trânsito difícil, congestionamentos, dificuldade de colocar o carro, perigo. Não é? A cidade... Enfim... A delinquência. Porque é que as pessoas vão? As pessoas vão quase como se fossem a um templo. As pessoas, aliás, vão ao teatro de uma forma muito parecida como vão na igreja. Assim como sempre foi. Você vai ver o prestidigitador, o mago, o sacerdote fazer alguma coisa, dizer alguma coisa ou realizar alguma coisa que aplaque a sua ira, aplaque a sua dor, a sua infelicidade, que lhe dê ânimo pra você continuar. (...) Pra que quando elas saiam, elas saiam felizes. Elas saiam eufóricas, às vezes, de terem visto de como a sua vida é maravilhosa por que ela faz parte da aventura humana".
Ouvir palavras como essas de um mestre e perceber isso na prática só dão mais prazer e vontade de continuar fazendo teatro. Continuar emocionando e divertindo o público.
Para assistir a entrevista na íntegra, clique aqui.
Por Hugo Gandra.
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