Não
é novidade, muito menos aqui no nosso blog, porque como já foi dito, Nelson é
alvo de nossos estudos esse ano. Essa reportagem fala de uma nova montagem para
Vestido de Noiva, um de seus mais famosos textos. Fala da nova cara que o
diretor Caco Coelho quer dar ao espetáculo e explica algumas modificações que
serão feitas. Deliciem-se...
“Vestido de Noiva ganha uma
versão nada realista no Rio
Perguntado sobre
o papel do melodrama em sua montagem de Vestido de noiva, o gaúcho Caco Coelho
simula uma cusparada no chão antes de responder: "Zero!"
Retirar de uma
peça de Nelson Rodrigues o componente melodramático, terreno em que o escritor
é considerado mestre, é uma das posições firmes que norteiam o diretor em sua versão
da mais importante peça do maior dramaturgo brasileiro no ano de seu
centenário. O primeiro grande espetáculo de uma temporada que será farta em
Nelson estreia nesta sexta-feira, às 21h, no Centro Cultural Banco do Brasil,
do Rio de Janeiro.
E não acontecerá
num dos teatros do CCBB, mas na rotunda, espaço que Caco já utilizou em A
tempestade, de Shakespeare, em 2000. O encenador surpreende na maneira de
organizar os três planos em que se passa a peça: a realidade fica a seis metros
de altura, numa estrutura que se completa com mesas penduradas no teto, perto
da claraboia; a memória também acontece acima do chão, com uma escada e três
platôs; e a alucinação, esta sim, fica embaixo.
“Todo o teatro do Nelson é absurdo”, justifica Caco,
lembrando que o autor escreveu Vestido de noiva (estreada em 1943) antes de
Samuel Beckett e Eugène Ionesco, considerados os maiores nomes do teatro do
absurdo, produzirem suas principais peças. “Ele faz o teatro teatral, para usar
a expressão do Pirandello. São situações que não existem na vida. Se as
tragédias tratam de margens inconciliáveis, o absurdo aproxima essas margens”.”
A reportagem completa vocês encontram aqui.
Até o próximo post!
Por Guilherme Alves.
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