26 de mar. de 2012

Nelson Rodrigues se fazendo presente

Não é novidade, muito menos aqui no nosso blog, porque como já foi dito, Nelson é alvo de nossos estudos esse ano. Essa reportagem fala de uma nova montagem para Vestido de Noiva, um de seus mais famosos textos. Fala da nova cara que o diretor Caco Coelho quer dar ao espetáculo e explica algumas modificações que serão feitas. Deliciem-se...


“Vestido de Noiva ganha uma versão nada realista no Rio

Perguntado sobre o papel do melodrama em sua montagem de Vestido de noiva, o gaúcho Caco Coelho simula uma cusparada no chão antes de responder: "Zero!"
Retirar de uma peça de Nelson Rodrigues o componente melodramático, terreno em que o escritor é considerado mestre, é uma das posições firmes que norteiam o diretor em sua versão da mais importante peça do maior dramaturgo brasileiro no ano de seu centenário. O primeiro grande espetáculo de uma temporada que será farta em Nelson estreia nesta sexta-feira, às 21h, no Centro Cultural Banco do Brasil, do Rio de Janeiro.
E não acontecerá num dos teatros do CCBB, mas na rotunda, espaço que Caco já utilizou em A tempestade, de Shakespeare, em 2000. O encenador surpreende na maneira de organizar os três planos em que se passa a peça: a realidade fica a seis metros de altura, numa estrutura que se completa com mesas penduradas no teto, perto da claraboia; a memória também acontece acima do chão, com uma escada e três platôs; e a alucinação, esta sim, fica embaixo.
“Todo o teatro do Nelson é absurdo”, justifica Caco, lembrando que o autor escreveu Vestido de noiva (estreada em 1943) antes de Samuel Beckett e Eugène Ionesco, considerados os maiores nomes do teatro do absurdo, produzirem suas principais peças. “Ele faz o teatro teatral, para usar a expressão do Pirandello. São situações que não existem na vida. Se as tragédias tratam de margens inconciliáveis, o absurdo aproxima essas margens”.”

A reportagem completa vocês encontram aqui.
Até o próximo post!
Por Guilherme Alves.

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