30 de abr. de 2012

Dramaturgia ao encontro do público

Por Mauro Alencar, retirado do site Globo Teatro.

O teatro é a base de toda e qualquer narrativa dos últimos séculos. Esta arte, que teve seu primeiro grande momento na Grécia Antiga, perdura hoje como local de reflexão e de enfrentamento. A telenovela, por ser um gênero que dialoga com as mais diversas formas de comunicação, teve no teatro seu professor. Toda a estrutura narrativa vem dos ensaios e sucessos encenados no palco de teatros do mundo inteiro.

A primeira incursão do teatro na televisão foi através dos teleteatros, ainda na década de 1950. Eram programas de grande receptividade do público e que caracterizavam uma arrojada produção das emissoras, com textos especialmente selecionados e elencos trazidos de muitas companhias teatrais (como o TBC e a Companhia de Comédias de Bibi Ferreira). De certa maneira, os teleteatros foram os mestres de dramaturgia para o veículo que estava surgindo.

Exibidos uma vez por semana e com duração de uma hora, levavam à televisão peças consagradas (como “Hamlet”, de William Shakespeare, e “Casa de Bonecas”, de Henrik Ibsen) ou sucessos em cartaz (como “Pif-Paf”, de Abílio Pereira de Almeida). Através de programas fundamentais como TV de Vanguarda, TV de Comédia e Grande Teatro Tupi, profissionais como Fernanda Montenegro, Nathalia Timberg, Fernando Torres, Ítalo Rossi, Sérgio Britto, Manoel Carlos, Francisco Cuoco, Glória Menezes, Cassiano Gabus Mendes, Dionísio Azevedo, Vida Alves, Walter George Durst e Geraldo Vietri puderam exercitar na televisão as técnicas teatrais.

Nas décadas de 1960 e 1970, outros famosos teleteatros seriam exibidos por diversas emissoras. Na Bandeirantes, o “Teleteatro Cacilda Becker” apresentava textos de grandes autores universais com o elenco da companhia teatral da atriz Cacilda Becker, e na TV Cultura, o diretor Antunes Filho celebrizou o “Teatro 2”.

Em 1979, a Rede Globo apresentou a série de teleteatros “Aplauso”, coordenado por Paulo José. No primeiro programa, Domingos de Oliveira adaptou a peça teatral “Vestido de Noiva”, de Nelson Rodrigues, com Suzana Vieira (Alaíde), Joana Fomm (Lúcia), Othon Bastos (Pedro) e Tônia Carrero no célebre papel de Madame Clessi. Foi com esse clássico texto que o diretor e ator Ziembinski renovou, em 1943, a cena teatral brasileira.

Clicando no link lá em cima, vocês tem acesso ao resto da reportagem e a links que nos levam a páginas maravilhosas! Eu não fui do tempo do teleteatro, mas com certeza deixou saudade para quem vivia assistindo peças lindas sem sair de casa.
Até o próximo post!
Por Guilherme Alves

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